4 Dicas de Economia Para Autônomos

Apesar dos benefícios como horários flexíveis e falta de liderança, nem tudo é tão vantajoso quanto parece para o freelancer. E um dos pontos que elimina o sonho para vários deles é a administração das finanças. A alteração inerente dos ganhos mensais do profissional, a irregularidade dos ganhos e a falta de algumas das vantagens da vida assalariada (13º salário, férias pagas e participação nos lucros) tornam a gestão financeira de tais especialistas um verdadeiro desafio.

 Como sei quanto posso gastar em compras e tempo de lazer sem comprometer o pagamento das contas mensais? Como posso me organizar para ter uma reserva mensal mesmo com os ganhos flutuando ao longo do mês? Se a resposta a alguma destas perguntas é algo que você também está procurando, este posto é para você! Entenda de uma vez por todas como administrar suas finanças, mesmo que você seja autônomo.


 1 – Esteja preparado para custos a curto prazo

 Uma habilidade elementar para os especialistas freelance que gerenciam as mudanças nas rendas mensais é a função de avaliar suas necessidades financeiras a curto, médio e longo prazo. Mais do que saber qual é sua despesa fixa mensal, você precisa ter uma boa iniciativa de quais são seus custos anuais.

 E para chegar a este valor aproximado, coloque no papel todos os seus custos mensais fixos, como internet, aluguel, condomínio, seguro médico, pagamento de carro, em suma, estime todos os seus compromissos financeiros mensais imutáveis. Para aqueles que também são mensais, mas sofrem com alguma alteração, como contas de água, eletricidade, gás, shopping, combustível, pedágios e até mesmo tempo livre, estabeleça uma média mensal de acordo com os valores dos últimos 3 meses.

 Para isso é necessário o apoio de um organizador financeiro ideal. Pode ser uma aplicação fácil que, uma vez instalada em seu telefone celular, servirá como uma agenda para anotar todos os seus custos. Ao final do período de controle, você terá uma boa idéia de qual é seu custo médio de vida por mês, entre custos fixos e custos variáveis.

 Com este custo em mente, você sabe quais são suas necessidades financeiras a curto prazo. Agora passe para o segundo passo e entenda qual é sua demanda financeira a médio prazo.


2 – Custos anuais

 Considere o período de um ano e lembre-se dos custos sazonais, tais como seguro e manutenção de automóveis, pagamento de IPVA, IPTU, contador, compras de férias e até mesmo viagens de férias.

 Para que estes custos não o apanhem de surpresa, você precisa ter um fundo de reserva. Ele servirá até mesmo para economizar nos meses em que sua renda não for suficiente para cobrir sua demanda total. E antes de estabelecer uma parcela fixa para este fundo de reserva, entenda que é melhor estabelecer apenas uma parcela mínima. Isto significa que nos meses em que sua renda é maior, você pode designar uma quantia maior para este fundo. Isto é importante para qualquer profissional auto-suficiente, afinal de contas, dependendo da situação, você pode até mesmo passar alguns meses sem receber o suficiente.

 Aqui está uma dica importante do educador financeiro Mauro Calil: faça a soma anual de sua renda e divida-a por 12, chegando a um salário médio mensal. Então, tenha em mente que seus custos totais não excedem 70% de sua renda. Os outros 30% devem ir para o seu fundo de reserva.

 Tenha cuidado também para não ser seduzido por um crescimento momentâneo dos rendimentos e gastar de forma irresponsável. Da mesma forma, qualquer aumento no padrão de vida do trabalhador autônomo só deve ser adotado depois que o crescimento proporcional dos ganhos for realmente consolidado. E isso significa meses (ou mesmo anos) de crescimento progressivo dos ganhos. Esta é outra razão para que você faça um controle financeiro descritivo.


 3 – Pensando na velhice

 Como a iniciativa é ter uma reserva financeira também em sua velhice, programe-se para começar a dividir parte de sua renda mensal para isso. Alguns optam pelo pagamento de pensões privadas, outros compensam com o pagamento de contribuições ao INSS e há aqueles que preferem fundos de reserva mais vantajosos.

 Seja qual for sua escolha, o fundamental é que você invista constantemente pensando no amanhã. Inclua este investimento em seus custos fixos mensais e dê prioridade a ele, mesmo nos meses em que esta despesa tiver que ser coberta por seu fundo de reserva. É para isso que serve! 


4 – Não perca o controle

 Os autônomos têm que ser radicalmente cuidadosos quando se comprometem a fazer compras a longo prazo. Antes de financiar um carro ou uma casa nova, por exemplo, avalie sua renda mensal média (tenha em mente tanto os últimos anos para isto) e responda honestamente à seguinte pergunta: você pode arcar com esta dívida mesmo que sua renda mensal diminua durante um período subjetivamente longo? Lembre-se de que você não deve sacrificar seu fundo de reserva com isto por um longo período de tempo, pois caso contrário a despesa se torna fixa e deixa de ser variável.

 Outra dica para não perder o controle de suas finanças é manter constantemente o controle de seus custos. O uso de um sistema de controle financeiro deve fazer parte de sua rotina diária, pois só assim você será capaz de realmente entender se há um crescimento dos custos fixos, se você pode ou não aumentar seu padrão de vida e mesmo se você precisar procurar novas alternativas para melhorar sua renda. 

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